Assim que a Ford anunciou o encerramento das operações na planta de São Bernardo do Campo no início do ano, governantes e sindicalistas se movimentaram para tentar salvar a fábrica e os empregos.
A produção no Taboão foi encerrada no dia 30 de outubro com o desligamento dos últimos 650 operários.
De lá para cá, muita expectativa e apenas informações desencontradas entorno de uma possível compra da unidade são-bernardense pelo Grupo Caoa.
A empresa brasileira tentaria financiamento via BNDES e se associaria a uma montadora chinesa para levar adiante a negociação.
No último dia 14 de novembro, em sua coluna no O Globo, o jornalista Lauro Jardim cravou que as conversas entre Caoa e Ford haviam “saído dos trilhos”.
Dias depois, em 20 de novembro, o BNDES confirmou que não poderia emprestar dinheiro, explicando que aportar verba para aquisições não faz parte da política do banco.
Com a palavra, Andrade
Durante um almoço com jornalistas nesta terça-feira (10), Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador e chairman do Grupo Caoa, deu a entender que as chances de adquirir a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo são remotas.
Andrade não deu mais detalhes, mas garantiu que as negociações ainda estão abertas e sugeriu que o entrave nas tratativas passa por questões sindicais.
E os empregos?
Ao que tudo indica, dificilmente os funcionários dispensados pela Ford serão recontratados, como foi prometido em caso acerto com a Caoa.
Mercedes-Benz e GM prometeram absorver a mão-de-obra ociosa, mas não há expectativa de contratação em breve.
Com informações do UOL
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