A Rua Jurubatuba tem uma história que remonta à antiga estrada vicinal da linha colonial homônima, que existia desde a implantação do núcleo colonial de São Bernardo em 1877. Originalmente, o caminho atravessava lotes rurais e fazia divisa ao leste com o Rio dos Meninos, que limitava a zona urbana da época. Documentos oficiais, incluindo um Livro de Lançamentos do Imposto Predial de 1900-1903 e uma planta datada de 1902, mostram que a rua começou a ser referida como tal no início do século XX, embora seu percurso fosse menor do que o atual, indo aproximadamente da esquina com a Alameda Glória até a altura da Joaquim Nabuco.
As primeiras construções na rua estavam concentradas próximas da margem oriental, onde viviam sitiantes italianos e alemães, como Dusi, Corradi, Negri, Dalessio e Adolpho Lucks, que tinha uma olaria na região. Os primeiros loteamentos da área surgiram no final da década de 1920, mas o desenvolvimento econômico e populacional só se intensificou cerca de 25 anos depois, quando fábricas como a Sant’Ana e Irmãos Corazza, a Indústria de Embalagens Americana e a Tecelagem Lydia (Grupo Matarazzo) se instalaram na via ou em áreas adjacentes.
Ao longo dos anos, a Jurubatuba passou por uma série de transformações para melhorar o fluxo de tráfego na região central da cidade, incluindo a extensão da via ao norte entre 1958 e 1962 e ao sul entre 1970 e 1972. A pista também foi pavimentada e alargada, com linhas de ônibus passando a circular pela região. Durante esse processo de modernização, a rua começou a atrair lojas de móveis que se estabeleceriam definitivamente no imaginário coletivo nas décadas seguintes, principalmente no setor norte da via, onde famílias de origem libanesa, como os Jarouche, Barakat, Orra e Abdouni, implantaram dezenas de lojas.
A origem do nome “Jurubatuba” remonta ao período colonial do Brasil. A palavra tem origem tupi-guarani e significa “caminho dos jurus”, sendo que “juru” significa “homem branco” e “batuba” é uma referência a “caminho” ou “trilha”.