O ex-prefeito de São Bernardo, Tito Costa, faleceu no último sábado (28/10) em sua cidade natal, Torrinhas, no interior de São Paulo, aos 100 anos de idade. Tito era um jurista especializado em direito constitucional.
O prefeito Orlando Morando (PSDB) expressou seu pesar pela morte do político em uma postagem nas redes sociais e decretou luto oficial de três dias. O corpo de Costa será velado e sepultado em Torrinhas.
Lula também comentou sobre o falecimento do ex-prefeito em canais digitais: ““Tito Costa foi político, prefeito de São Bernardo do Campo, meu colega constituinte e um grande advogado e jurista. Atuou de forma democrática durante as greves do ABC nos anos 1970, em tempos difíceis e de muita pressão contra a organização dos trabalhadores. Convivemos e dialogamos muito naquela época e nas décadas seguintes na nossa São Bernardo do Campo. Meus sentimentos aos seus filhos, netos e amigos”
Tito Costa graduou-se em Direito pela USP em 1950 e teve uma carreira de destaque. Ele atuou como procurador em São Bernardo, Ministro do Tribunal de Contas, e ocupou cargos de importância na área jurídica, incluindo a vice-presidência da OAB paulista e a fundação da Academia Paulista de Direito. Sua especialização foi em direito constitucional e eleitoral.
Na esfera política, Tito foi deputado federal constituinte pelo PMDB de 1987 a 1990. Ele também serviu como prefeito de São Bernardo entre 1977 e 1983, além de ser vice-prefeito na gestão de Walter Demarchi entre 1993 e 1996. Tito Costa também deixou um legado como escritor, com a publicação de vários livros, a maioria deles abordando temas de direito e política.
O deputado federal Alex Manente (Cidadania) se juntou ao luto pela perda de Tito Costa, destacando-o como um exemplo de pessoa, político e gestor. Ele escolheu o dia 28 de outubro para partir, deixando seu legado aos familiares e amigos.
O deputado estadual Teonílio Barba (PT) ressaltou a importância de Tito Costa na história da democracia brasileira. Durante o período da ditadura, Tito Costa esteve ao lado dos trabalhadores e da luta pela democracia, apoiando o movimento sindical e o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Inácio Lula da Silva.