O prefeito Orlando Morando fez um pedido ao Ministério Público de São Paulo em fevereiro. Ele solicitou uma investigação sobre os serviços prestados pela Enel. No entanto, o prefeito afirma que a representação foi arquivada, alegando que a fiscalização do setor é de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Arsesp, a agência reguladora de serviços públicos do estado de São Paulo.
O prefeito alega que a falta de ação contra a má qualidade dos serviços da Enel é a causa da situação enfrentada na última sexta-feira, quando mais de 2 milhões de consumidores na Grande São Paulo ficaram sem energia elétrica. Segundo Morando, os problemas com a Enel são frequentes, e bairros muitas vezes sofrem com longos períodos sem eletricidade, especialmente após ventos ou tempestades.
Além disso, o prefeito relata que sete escolas do município continuavam sem energia até as 13 horas desta segunda-feira. Para garantir que os alunos não precisassem ficar em casa, muitas vezes sem alimentação e cuidados familiares, medidas foram tomadas para garantir iluminação natural nas escolas. O impacto no comércio da região também foi significativo, com alguns bairros ficando até 66 horas sem eletricidade.
Morando destaca ainda a dificuldade em realizar podas de árvores devido à falta de deseletrificação por parte da Enel. Sem a liberação dos fios, que não podem estar em contato com os galhos, não é possível podar ou remover árvores. O prefeito relata que um diretor da empresa chegou a solicitar que ele enviasse fotos dos fios em cada uma das árvores que a Prefeitura pretende podar.