A Volkswagen negocia com o governo Trump um acordo bilionário para reduzir tarifas de importação nos Estados Unidos. A proposta prevê um investimento de pelo menos US$ 10 bilhões em produção local em troca da diminuição das taxas, que hoje chegam a 27,5% sobre carros e peças europeias.
Segundo a montadora, as tarifas já geraram um custo de US$ 1,4 bilhão apenas no primeiro semestre de 2025. Para o CEO Oliver Blume, investir nos EUA é a alternativa para manter a competitividade e evitar repassar valores aos consumidores.
A negociação é acompanhada de perto por países onde a Volkswagen tem fábricas estratégicas, como o Brasil. Em São Bernardo do Campo, onde está a principal unidade da marca no país, analistas avaliam que mudanças na estratégia global podem impactar o fluxo de produção, empregos e investimentos locais.
Atualmente, a empresa já fabrica nos EUA modelos como o elétrico ID.4 e o SUV Atlas, enquanto veículos como Tiguan, Jetta e Taos vêm do México. O novo acordo pode acelerar ainda mais a transição para veículos elétricos, área em que a Volkswagen tem concentrado esforços de expansão, inclusive na planta da Anchieta.