Cotidiano

São ‘Barato’ do Campo? Lojas de baixo custo mudam a cara do comércio local

A proliferação de lojas como Daiso, Miniso e outras redes de varejo de baixo custo é um fenômeno global. Esse modelo de negócio se fortalece em tempos de economia incerta, pois atrai consumidores que priorizam o preço.

A Rua Marechal Deodoro, principal corredor comercial de São Bernardo, exemplifica essa realidade. O local está repleto de lojas de preços acessíveis e, nas próximas semanas, ao menos duas de grande porte devem inaugurar. Essa expansão levanta uma questão: estamos trocando a originalidade por uma paisagem comercial replicada, onde a única diferença entre as lojas é a cor da fachada?

Essa dinâmica gera um embate direto com o comércio tradicional. Se, por um lado, o consumidor se beneficia de uma maior variedade de produtos a preços baixos, por outro, o pequeno comerciante se vê em uma batalha desigual. A origem da maioria desses itens, o baixo custo de produção e a cadeia logística global permitem que essas redes vendam a preços irrisórios, um modelo difícil de ser replicado pelo empreendedor local.

Como a cidade pode acolher essa nova dinâmica de consumo, que gera empregos e atrai fluxo de pessoas, sem perder a diversidade e a identidade de seu comércio local? Pelo jeito, não há resposta.


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