Foi confirmada, na segunda-feira (30), a segunda morte suspeita por intoxicação após o consumo de bebida alcoólica adulterada com metanol em São Bernardo, região metropolitana de São Paulo.
O Instituto Médico Legal da cidade investiga se a causa das mortes foi realmente a contaminação pela substância tóxica. Com isso sobe para três o número de óbitos no estado São Paulo. A capital paulista também já registrou uma vítima.
Nesta segunda-feira, a Polícia Civil apreendeu cerca de 100 garrafas de bebidas alcoólicas durante fiscalizações em três estabelecimentos na cidade de São Paulo. Os itens vão passar por perícia e devem ajudar nas investigações.
De acordo com a secretaria de estado de saúde, desde o mês de junho, o Centro de Vigilância Sanitária do estado confirmou seis casos de intoxicação por metanol e, no momento, dez casos estão sob investigação na capital paulista, todos suspeitos de intoxicação por consumo de bebida contaminada.
O metanol é uma substância altamente tóxica e de risco coletivo à saúde pública. A farmacêutica especialista em toxicologia, Andréia Vidal, explica que o metanol não deve estar presente em bebidas alcoólicas destinadas ao consumo humano.
A Associação Brasileira de Neuro-oftalmologia informou, em nota, que o consumo de metanol pode levar à neuropatia óptica, doença grave que causa perda de visão irreversível.
Os sintomas de intoxicação, que aparecem entre 12 e 24 horas após a ingestão do metanol, costumam ser dor de cabeça, náuseas, dor abdominal, confusão mental, visão turva repentina ou até cegueira.
Em caso de suspeita, o estabelecimento deve interromper imediatamente a venda da bebida adulterada. Comercializar produtos adulterados é crime previsto no Código Penal, com pena de reclusão e multa e também é crime contra as relações de consumo, previsto em lei.
Os estabelecimentos também devem orientar os consumidores a buscar atendimento médico com urgência, e acionar o Disque-Intoxicação, pelo número 0800 722 6001. Também é recomendável comunicar a Vigilância Sanitária, a Polícia Civil e o Procon.
Fonte: Agência Brasil