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Mapa traz postos de São Bernardo que aparecem em operação contra PCC

Um levantamento realizado pelo portal G1 cruzou dados da recente operação policial, batizada de Carbono Oculto, com a base pública da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e identificou que quinze investigados por supostamente lavar dinheiro para o PCC são sócios de 251 postos. Desse total, a grande maioria (233) está no estado de São Paulo.

Os inquéritos apontam que grandes redes de postos e empreendimentos do setor são usados para dar aparência lícita a recursos oriundos de crimes. O PCC, segundo as apurações, utiliza o setor varejista de combustíveis para movimentar e ocultar bens.

Um dos fatores que chamou atenção é o alto número de postos que operam como bandeira branca (sem vínculo com grandes distribuidoras), representando quase metade dos estabelecimentos ligados aos investigados. Os demais se vinculam a distribuidoras conhecidas no mercado.

As empresas distribuidoras envolvidas, no entanto, não foram alvo direto da operação e reforçaram que não compactuam com irregularidades.

O Ministério Público e a Receita Federal mantêm sigilo sobre a lista de todos os estabelecimentos usados no esquema. Fontes da investigação informaram que mais de mil estabelecimentos no país foram utilizados na cadeia de lavagem de dinheiro, o que reforça a capilaridade da ação criminosa em diversos municípios.


São Bernardo no Mapa

No mapa publicado pelo portal G1 aparecem dois postos de combustíveis localizados em São Bernardo do Campo. Veja abaixo os endereços e o que dizem as defesas dos proprietários.


Bandeira: RODOIL
Endereço: Avenida Doutor Rudge Ramos, 906, Rudge Ramos
O que diz a investigação: Pedro Furtado Gouveia Neto é sócio da GGX Global. Essa empresa é apontada pela Justiça de São Paulo como ligada ao grupo de Mohamad Hussein Mourad, principal suspeito de comandar a lavagem de dinheiro do PCC, e que está foragido. Procurada, a defesa de Neto não se manifestou até a publicação desta reportagem.


Bandeira: RODOIL
Endereço: Rua 25 de Marco, 13, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo – São Paulo
O que diz a investigação: Himad Abdallah Mourad, primo de Mohamad e descrito pelos investigadores como um dos expoentes da organização criminosa, seria responsável por criar estruturas empresariais e usar fundos para blindagem patrimonial e lavagem de capitais. Segundo as investigações, Himad participa, ao todo, do quadro societário de 103 postos de combustíveis ligados ao núcleo familiar e empresarial de Mohamad. O g1 não conseguiu localizar a defesa.


O mapa e a reportagem completa do portal G1 estão disponíveis neste link.


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