A gestão fiscal de São Bernardo do Campo foi classificada como “em dificuldade” pela Firjan (Federação das Indústrias) e recebeu nota C na avaliação da Capacidade de Pagamento (CAPAG) do Tesouro Nacional, com base nos resultados de 2024.
Segundo os dados mais recentes do IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal), o município alcançou 0,59, colocando a cidade em estado de atenção. O indicador da dívida consolidada, por sua vez, atingiu R$ 3,94 bilhões.
A pontuação do Índice Firjan, que varia de zero a um, analisa Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. De acordo com a especialista em Estudos de Competitividade da Firjan, Nayara Freire, o planejamento financeiro eficiente é crucial para que o município consiga honrar obrigações de curto prazo e suprir imprevistos. A ineficiência, conforme a especialista, torna mais desafiador o início de projetos, especialmente em transições de governo.
Na análise do Tesouro Nacional sobre a CAPAG, que avalia a situação fiscal e o risco de crédito para novos endividamentos, São Bernardo também recebeu a nota C, assim como Santo André, São Caetano, Diadema e Ribeirão Pires. Apenas Mauá e Rio Grande da Serra obtiveram nota positiva (B+). O rating C indica que os municípios estão cada vez mais dependentes de repasses da União para manter suas contas em ordem.
O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, ressalta que é fundamental que as cidades desenvolvam ações para estimular a economia local. A geração de recursos locais, na visão do economista, reduz a vulnerabilidade aos ciclos econômicos e oferece oportunidades à população, com impacto na renda e na qualidade de vida dos moradores de cada cidade.
Com informações do DGABC e Folha do ABC