O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou um inquérito civil para investigar o prefeito Marcelo Lima (Podemos) por suspeita de improbidade administrativa.
A apuração, aberta em 5 de outubro, tem um prazo de um ano para ser concluída e visa investigar desvio de recursos públicos, enriquecimento ilícito e lesão ao erário municipal.
A investigação do MP-SP é um desdobramento da Operação Estafeta da Polícia Federal (PF), que teve início há dois meses. Segundo a PF, o prefeito é apontado como o principal beneficiário de um esquema de desvio de recursos de contratos de empresas que atuavam nas áreas de obras, saúde e manutenção com a administração municipal.
O prefeito foi reconduzido ao cargo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no último dia 10 de outubro, após quase dois meses de afastamento judicial.
Além do prefeito, são alvos do inquérito o ex-servidor da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Paulo Iran, e o vereador Danilo Lima Ramos (Podemos) — primo do prefeito e ex-presidente da Câmara Municipal de São Bernardo.
Paulo Iran é citado como o operador do esquema e, em sua casa, a PF encontrou aproximadamente R$ 14 milhões em dinheiro vivo, além de anotações com nomes de beneficiários, de acordo com as investigações.
A Promotoria oficiou a Prefeitura para que sejam enviadas cópias de processos de licitação, contratos e comprovantes de pagamentos com as prestadoras de serviços sob suspeita.
O órgão também solicitou a relação de ocupantes de cargos comissionados da Secretaria de Coordenação Governamental e informações sobre procedimentos administrativos disciplinares.
A assessoria de Marcelo Lima informou que ele não foi notificado, mas “permanece à disposição dos órgãos competentes” para esclarecimentos. A defesa do vereador Danilo Lima ainda não se manifestou.
Com informações do G1