O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo novamente o afastamento do prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos). O chefe do MP-SP afirma que há risco de interferência nas investigações da Operação Estafeta, que apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
No recurso, o procurador argumenta que o prefeito pode usar o cargo para influenciar testemunhas, destruir provas e até criar álibis falsos. Ele cita ainda o uso de telefones clandestinos e mensagens temporárias, apontando preocupação dos investigados em ocultar ações durante o suposto esquema.
De acordo com o Ministério Público, contratos públicos de áreas como saúde, obras e coleta de lixo voltaram ao controle direto de Marcelo Lima após sua volta ao cargo. O órgão atribui ao prefeito o papel de “articulador” do grupo suspeito de desviar recursos municipais.
Marcelo Lima havia sido afastado por determinação da Justiça paulista, mas reassumiu o mandato após decisão do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ, que considerou a medida anterior uma “sanção política antecipada”. A defesa do prefeito nega qualquer irregularidade.


