Na década de 1920, o bairro Nova Petrópolis era um sítio que pertencia a Benedito Cesário do Nascimento que depois o vendeu para os irmãos Pujol. Estes desejam lotear o local sob o nome de “Cidade-Jardim Vila Nova Petrópolis”.
Para valorizar o empreendimento, foi instalado um bondinho que ligava São Bernardo até a estação de Santo André. O ponto final ficava na atual Praça Lauro Gomes, na Rua Marechal Deodoro. Havia planos de construção de um ramal na Praça Santa Filomena, mas que não saíram do papel.
O loteamento não se desenvolveu como pretendido e os irmãos repassaram o empreendimento, em 1930, para o banqueiro Wallace Simonsen. O bonde deixou de existir, os trilhos foram retirados e a Marechal foi pavimentada. A venda de imóveis voltou a ocorrer apenas no final dos anos 1940.
Outras melhorias foram realizadas, com destaque para a primeira rede de água da cidade, abastecida a partir de um reservatório que existia na Chácara Silvestre, de propriedade de Simonsen.
No ano de 1955, com São Bernardo já emancipada, uma lei municipal possibilitou que a cidade recebesse as vias e os espaços públicos do loteamento. Os nomes das ruas foram oficializados, homenageando membros da família imperial, como previsto no projeto original.
Ali estão as avenidas e alamedas que lembram Dom Pedro II e Imperatriz Leopoldina, Dom Pedro de Alcântara, Dona Tereza Cristina, Princesa Isabel, Princesa Januária, entre outros membros da monarquia brasileira.
Curiosamente, o nome da Rua Dom Paulo Mariano foi fruto de alguma confusão com o nome de Dona Paula Mariana, filha de Dom Pedro I, quando foi elaborada a planta do loteamento, visto que não há registro de nenhum Paulo Mariano na família imperial.
A Alameda Dom Pedro I teve seu nome alterado, em 1960, para Avenida Wallace Simonsen.
Fonte/Fotos: Seção de Pesquisa e Documentação (Memória) de São Bernardo do Campo