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Quem mandou cortar as árvores na praça da Vila Marlene em São Bernardo?

Na última terça-feira (02), moradores da Vila Marlene entraram em contato com a equipe do SãoBernardo.INFO indignados com o corte de duas árvores da praça localizada em frente à Paróquia Nossa Senhora de Fátima.

De acordo com os primeiros relatos, funcionários do Departamento de Parques e Jardins da Prefeitura chegaram ao local munidos de uma solicitação de “substituição”.

Testemunhas afirmam que o papel trazia o nome do padre Augusto César Casimiro de Andrade, pároco da igreja, como o solicitante do serviço.

A equipe do SãoBernardo.INFO esteve no local, na quarta-feira (03), e conversou com moradores. A maioria acredita que as árvores foram arrancadas “por ordem do padre, sem motivo aparente”, pois os troncos não apresentavam qualquer problema que justificasse o corte. Com medo de represálias, os entrevistados pediram para não serem identificados na reportagem.

Em pesquisa realizada no site da Prefeitura, especialmente nas edições recentes do jornal Notícias do Município, não foram encontradas quaisquer requisições ou autorizações de poda ou corte das árvores da praça.

Membros da igreja, consultados pela reportagem, também se mostraram surpresos com a decisão de arrancar as árvores, mas defenderam o padre Augusto, argumentando que o mesmo “não tem poder para isso”, e sugeriram que nossa equipe deveria tratar do assunto com o atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Hiroyuki Minami.

De acordo com os entrevistados, Minami é frequentador assíduo das missas do padre Augusto e a amizade entre ambos “facilita as decisões que envolvem a igreja”.

Segundo a legislação municipal, qualquer pessoa pode solicitar a poda ou o corte de árvores em processo que pode levar até 18 meses de análise por parte da Prefeitura.

“Impressiona a rapidez com que fizeram o trabalho e a falta de transparência, pois ninguém teve acesso ao documento com a solicitação e autorização. E até agora ninguém assumiu que mandou cortar.”, questiona um morador do bairro.

Procurados, tanto o religioso como a Diocese de Santo André, responsável pela paróquia, não se pronunciaram oficialmente a respeito do assunto até o momento.

A assessoria do secretário Minami também foi contatada, mas não respondeu ao pedido de entrevista.

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