De acordo com reportagem da revista Época, a deflagração da operação que tem como alvo o vereador Mário Henrique de Abreu (ex-secretário de Gestão Ambiental do governo Orlando Morando) partiu de uma mensagem compartilhada em um grupo de WhatsApp, conforme revela o repórter Mateus Coutinho.
Na conversa, Patrícia Martiniano da Rocha, a “Patty”, então oficial de gabinete da Gestão Ambiental, diz à amiga Elaine: “Eu peguei um cargo comissionado aq onde moro, na verdade comprei o cargo estou trabalhando na secretaria de meio ambiente com um vereador que ganhou e foi nomeado a secretário. Dei meu carro que valia 45 mil a ele e ele me deu o cargo. Estou adorando.”
Na mesma troca de mensagens por meio do aplicativo, “Patty” revela como funcionava o esquema. “O vereador tem direito de dar 16 cadeiras a pessoas que ajudaram ele na eleição. Só que ao invés de ele dar ele vendeu. Aí eu comprei uma cadeira. Tinha meu carro, ele é amigo do meu pai, ofereci meu carro ele queria 40 mil em dinheiro pro cargo que ganha 5500 ao mês aí eu dei meu carro ele aceitou. Agora estou sem carro, preciso comprar outro.”, explica.
Na terça-feira, 31, com autorização judicial, uma força-tarefa fez buscas na residência e no gabinete de Mário de Abreu, acusado de formação de organização criminosa e de liderar um esquema de corrupção na venda de licenças ambientais. O ex-secretário teria usado uma empresa sua para lavar dinheiro ilícito e ocultar bens.
No mesmo dia, o prefeito Orlando Morando exonerou Abreu do cargo, medida que já havia sido determinada pela Justiça. Na Câmara, Abreu anunciou afastamento do mandato por 45 dias, alegando que foi “pego de surpresa”. Os promotores pediram a prisão dos envolvidos, mas a Justiça não autorizou.
A Prefeitura de São Bernardo informou que Mário de Abreu foi exonerado com outros citados na investigação e que foi instaurado processo administrativo para apurar o caso.
Leia a reportagem da revista Época na íntegra neste link.