Moradores dos bairros Demarchi, Batistini e Riacho Grande entraram em contato com a redação do SãoBernardo.INFO para alertar sobre o aumento na presença de aranhas em suas residências.
Entre os relatos, está o do músico Silvio Lunna que chegou a publicar fotos das aranhas armadeiras capturadas na residência dos pais (veja abaixo).
De acordo com especialistas, a armadeira é uma das mais comuns em áreas urbanas. Ela gosta de lugares escuros e úmidos, não faz teias e é bastante ágil. Seu corpo tem cerca de quatro centímetros, mas com as pernas pode chegar a 15 cm.
Normalmente, os acidentes ocorrem quando as pessoas vão colocar um calçado onde essas aranhas estão alojadas. A picada causa uma forte dor imediata no local, que aos poucos vai se irradiando para regiões vizinhas. Com o tempo também provoca náuseas e taquicardia.
O tratamento com soro é feito apenas em crianças e idosos. Nos demais casos, são medicados apenas os sintomas.
Outra aranha comum em residências são as marrons, com cerca de quatro centímetros, incluindo as pernas. Elas são menos ativas e gostam de lugares escuros e secos. Seu corpo tem uma cor marrom uniforme e sua picada inicialmente não dói.
Como os sintomas demoram a aparecer, muitas pessoas não os associam à picada, e só vão procurar atendimento 48 horas depois, quando a pele começa a apresentar inchaço, bolhas, dor e necrose, que é a morte do tecido epitelial.
Prevenção
Acidentes com aranhas armadeiras ocorrem durante o ano inteiro, aumentando a incidência nos meses de abril e maio.
Para evitar que elas sejam atraídas para casa, é preciso ter cuidado com o lixo, deixando-o sempre tampado. Também é importante vedar bem portas e janelas, colocando inclusive telas, pois a armadeira é capaz de escalar superfícies lisas, como o vidro.
Mais perigosa, a armadeira enfrenta a pessoa em vez de fugir. Uma alternativa é pegar um recipiente grande de vidro e aprisioná-la, passando uma folha de papel por baixo e tampando o pote.
Fotos: Reprodução / Facebook