A China anunciou hoje (3) que finalizou a construção de um hospital com mil leitos para doentes do novo coronavírus.
A epidemia já causou 362 mortos e mais de 17 mil infetados naquele país e no estrangeiro. No Brasil, ainda não há casos confirmados.
Localizado em Wuhan, o novo hospital foi concluído em apenas dez dias. O local ocupa uma área de 25 mil metros quadrados e possui 1.000 leitos.
Um outro hospital está sendo erguido na mesma região, ainda maior que o primeiro, com 1.500 leitos, e deve ser entregue até o final da semana.
A título de comparação, o novo Hospital de Urgência de São Bernardo do Campo, que deve ser inaugurado no primeiro semestre deste ano, foi anunciado ainda durante a gestão do ex-prefeito Luiz Marinho (PT), no final de 2016.
O prédio localizado na rua Joaquim Nabuco ocupa uma área de 17 mil metros quadrados e deve oferecer 250 leitos, além de outros serviços de saúde.
A previsão inicial era de conclusão da obra em 24 meses, ou seja, a entrega seria realizada até 2018. Falta de verba, disputas políticas e crise econômica são alguns dos motivos apontados para o atraso.
O que explica a rapidez chinesa?
Segundo o governo chinês, a resposta está no uso de construções pré-fabricadas para abrigar as centenas de leitos. Módulo a módulo, os hospitais vão sendo montados a partir das peças que chegam das fábricas ou depósitos.
Além disso, as autoridades mantiveram o ritmo de construção dia e noite. Mais de mil pessoas trabalham nas duas obras, segundo a imprensa estatal daquele país.
O que falta em São Bernardo?
De acordo com a gestão do atual prefeito Orlando Morando (PSDB), as obras estão em ritmo acelerado e a previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2020 está mantida.
Opinião
É verdade que o conceito dos hospitais chineses é diferente do HU de São Bernardo. A comparação parece injusta se levado em consideração o objetivo de cada obra.
Diferentes processos burocráticos, tecnologias e materiais utilizados também devem ser levados em conta para uma avaliação correta.
Mesmo assim, cabe uma reflexão a respeito da agilidade e organização chinesas para tirar um projeto do papel. Por aqui, prazos e orçamentos são comumente desrespeitados gerando dúvidas a respeito da transparência pública.
Não deixa de ser intrigante pensar que, em duas semanas, a China ergueu dois hospitais que oferecem juntos 10 vezes mais leitos que o prédio de São Bernardo, ainda sem data para inauguração.
Com informações da Agência Brasil e G1