No salão do automóvel de 1968, a Volkswagen apresentou o VW 1600, primeiro sedã de quatro portas da marca no país, lançado para concorrer com o Corcel, da Ford.
Baseado no modelo alemão de duas portas lançado em 1961, o nacional fez sucesso entre taxistas, ganhando o apelido de “Zé do Caixão”, devido às linhas retas e às maçanetas parecidas com alças de caixão.
Nas propagandas, a Volkswagen destacava a beleza do carro e os faróis retangulares, até então o único modelo a adotá-los no mundo inteiro.
Apesar do sucesso entre taxistas, o modelo ficou disponível por pouco mais de dois anos (até 1971), com cerca de 24 mil unidades produzidas.
O cineasta José Mojica Marins, falecido nesta quarta-feira (19), chegou a ter uma unidade do “Zé do Caixão”, carro que ganhou o apelido de seu personagem mais famoso.
“Meu Zé do Caixão era preto, tinha uma cortininha roxa por dentro e incensos de velório”, lembrou o quase garoto-propaganda da marca em entrevista ao portal G1, em 2009.
O cineasta revelou que foi convidado pela própria Volkswagen para fazer os comerciais do carro, mas as negociações não avançaram. “De repente, o povo se encarregou de fazer a associação e a montadora não precisou mais de mim”, lamentou Mojica.