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Pais e professores reclamam de educação remota ‘improvisada’ em São Bernardo

A equipe de redação do SãoBernardo.INFO recebeu dezenas de mensagens de pais e professores preocupados com a retomada das aulas na rede pública. A maioria alega que a Prefeitura se esquivou de investir na educação e que o formato remoto foi um fiasco em 2020.

Muitos gostariam de ver uma estrutura semelhante a dos colégios particulares que oferecem aulas ao vivo, por meio de plataformas digitais, que permitem a participação de todos os estudantes de forma simultânea.

Tal estrutura parece impensável no caso da rede pública, pois demanda investimentos em equipamentos, internet rápida e treinamento para os professores. Além disso, são poucas as famílias com filhos matriculados que possuem celulares ou computadores disponíveis.

“É claro que a pandemia pegou todo mundo de surpresa, mas é nítido que tudo foi feito na base do improviso no ano passado, pois nem todos os professores têm internet ou celular adequados para trabalhar. Infelizmente, será tudo do mesmo jeito agora.”, explica uma professora que pediu para não ser identificada.

“Não quero mandar minha filha para a escola antes da vacina, mas não tenho condições de dar um celular para ela. Em casa temos um compartilhado. É o que dá para o momento.”, argumenta o motorista José Luis, de 41 anos, morador da Vila São Pedro.

“Na escola do meu filho fizeram apostilas, mas a responsabilidade de ensinar era minha, sendo que eu só conseguia ajudá-lo à noite. Por que não fazem algo com melhor estrutura para todos?”, questiona a atendente Maria de Fátima, de 32 anos, moradora do Jardim Limpão.

Os perfis oficiais do prefeito Orlando Morando também foram bombardeados com questionamentos de pais e profissionais da educação. A assessoria tentou se defender respondendo que o trabalho realizado em 2020 foi “satisfatório” e feito de acordo com a “realidade da escola”. Veja abaixo alguns prints dos comentários.




JUSTIÇA PROÍBE ATIVIDADES PRESENCIAIS NAS ESCOLAS

A desembargadora Maria Ines Re Soriano, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, acatou pedido de mandado de segurança do Sindiserv-SBC (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais) de São Bernardo e proibiu que a Secretaria de Educação convoque os funcionários da pasta para trabalhos presenciais.

A Prefeitura alegou que a decisão é válida apenas para os funcionários celetistas e informou que vai recorrer. “Independentemente da decisão, neste momento, a Prefeitura não vai autorizar o retorno das aulas presenciais”, explica a administração municipal em nota.

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