O processo de licitação para escolher a empresa que construirá esse espaço, Casa da Mulher, está quase concluído, com um investimento estimado de cerca de R$ 1,7 milhão, excluindo gastos com móveis, equipamentos e custos, como indicado no edital.
Na região do Grande ABC, atualmente existem duas casas-abrigo, cada uma com 40 vagas, destinadas a mulheres em perigo devido à violência. Desde 2004, mais de 3.000 pessoas, incluindo mulheres e seus filhos, foram ajudadas. Os endereços dessas casas são mantidos em segredo para proteger a segurança das mulheres que procuram ajuda.
Em 2021, uma das unidades de acolhimento quase fechou devido a problemas financeiros na entidade regional que a mantém. A situação só não se concretizou graças ao apoio financeiro de seis das sete prefeituras da região, com São Bernardo como a exceção, pois estava em atraso com as contribuições ao consórcio naquele momento, o que afetou o funcionamento do projeto.
No projeto, cada mulher fica na unidade por pelo menos 180 dias, podendo esse período ser estendido conforme necessário. Além de abrigo e segurança, as mulheres e seus filhos recebem roupas, produtos de higiene pessoal e refeições. Os abrigos também oferecem apoio psicossocial, assistência médica, ajuda para encontrar emprego e apoio jurídico. Cursos e atividades culturais são oferecidos para ajudar as mulheres e seus filhos a se reintegrarem à sociedade.
A empresa vencedora da licitação para a construção da Casa da Mulher de São Bernardo terá 240 dias para concluir a obra após receber a ordem de serviço. Até o momento, a Prefeitura não respondeu a perguntas sobre o processo licitatório e sobre se os custos da casa serão iguais ou maiores do que a contribuição anterior ao consórcio regional, que também cobria outras necessidades da região.