O alarme equivocado de terremoto que assustou os brasileiros nesta sexta-feira (14) pode ter sido causado por um sistema inovador do Google para detectar abalos sísmicos. Desde 2020, a empresa vem utilizando os acelerômetros presentes em todos os smartphones Android para identificar tremores de terra.
Esses sensores, originalmente projetados para medir a posição e movimento dos aparelhos, foram transformados em pequenos sismômetros. O sistema do Google cruza os dados de diversos dispositivos em uma determinada região para identificar possíveis terremotos e, caso detecte um evento sísmico, emite alertas para os usuários próximos. Como o recurso está integrado ao Android, até mesmo quem não optou por participar recebe a notificação, permitindo uma reação rápida em situações reais.
O processo funciona da seguinte maneira: sensores detectam movimento anormal > a plataforma do Google analisa os dados > celulares Android na área recebem o alerta.
No entanto, no Brasil, o sistema falhou. Nenhum terremoto foi registrado, mas o alerta foi disparado, causando pânico desnecessário. O Google agora investiga a origem do problema: teria sido uma falha técnica ou erro humano? Ainda não há informações sobre quais medidas serão adotadas para evitar novas ocorrências do tipo.
Apesar do equívoco, a ideia do Sistema de Alertas de Terremoto do Android continua sendo promissora, já que especialistas destacam que qualquer segundo a mais pode salvar vidas em caso de tremor. O desafio, no entanto, é garantir a precisão das notificações, evitando alarmes falsos que podem comprometer a credibilidade da ferramenta e da própria empresa, que é responsável pelo Android, o sistema operacional mais usado no Brasil, e pelo buscador mais popular do país.