A empresa SBC VR é responsável pela limpeza urbana de São Bernardo do Campo e, entre cerca de 18 serviços pelas quais é responsável, oferece a chamada “coleta seletiva porta a porta”, na qual os materiais recicláveis separados, depois de coletados, seguem para as cooperativas de catadores.
Há algumas semanas, dezenas de moradores de diferentes bairros, em contato com a equipe do SãoBernardo.INFO, reclamam que o serviço de coleta seletiva não vem sendo realizado. Como solução provisória, o material que deveria ser separado, está sendo descartado juntamente com o lixo comum. Ainda sim, há vários locais em que os sacos e caixas estão se acumulando pelas ruas.
O problema também afeta as cooperativas de triagem do lixo reciclável que estão vendo o faturamento cair, afetando os rendimentos dos trabalhadores que dependem do repasse do material recolhido pela cidade.
Procuradas pela reportagem, a Prefeitura e a empresa se posicionaram sobre o tema, uma queda de braço que, segundo apurou a reportagem, deve caminhar para uma decisão judicial em breve.
De acordo com a direção da SBC VR, a companhia está sem receber os repasses estabelecidos em contrato há mais de seis meses, uma dívida que alcança R$ 123 milhões, o que vem causando impacto na regularidade dos serviços. Em entrevista ao SãoBernardo.INFO, o diretor-executivo, Angelo Castro, lamentou a situação e afirmou que a empresa vem fazendo esforços para manter a regularidade do serviço, “em respeito à população, apesar do descumprimento do contrato pelo executivo municipal”. Na semana passada, Castro divulgou um artigo no qual fez duras críticas à conduta da Prefeitura (leia aqui).
Em nota encaminhada à imprensa recentemente, a empresa também afirma que a “adoção de infundadas medidas visando à rescisão do contrato de concessão enseja grande insegurança jurídica para o setor”. Leia a nota na íntegra aqui.
Em contrapartida, também por meio de nota oficial, a Prefeitura declarou que está ciente das reclamações dos munícipes, que está tomando providências e que destacou funcionários para minimizar os impactos causados.
Em texto encaminhado no início da noite desta quarta-feira (05), a administração municipal voltou a afirmar que o contrato de limpeza urbana, estabelecido ainda na gestão de Luiz Marinho, possui irregularidades, questionando também os valores acordados. Leia o texto da administração municipal aqui.