Menina de 7 anos morre em São Bernardo após suspeita de reproduzir ‘desafio do desodorante’

Atualizado em 06/02 às 21h26

Uma foto da pequena Adrielly, de 7 anos, moradora de São Bernardo do Campo, vem circulando por meio das redes sociais nos últimos dias acompanhada de uma mensagem de alerta. O texto explica que, segundo familiares e amigos próximos, a menina teria falecido no último dia 3 de fevereiro após reproduzir o “desafio de inalar um desodorante aerossol”.

O desafio consiste em aspirar sprays ou desodorantes por diversas vezes e verificar “quanto tempo você aguenta”. Há relatos de ferimentos e óbitos por asfixia de crianças envolvendo a mesma brincadeira em diferentes localidades do país. Um dos primeiros casos registrados ocorreu em 2014, em Fortaleza (CE), conforme indica reportagem da TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo naquela região.

Sem comentar detalhes sobre a morte de Adrielly, parentes da menina consultados pela SãoBernardo.INFO informaram que o velório e o sepultamento ocorreram no último dia 4, no cemitério Vila Carminha.

A comoção com o caso fez com que surgissem inúmeras publicações reforçando o alerta para os pais sobre os desafios encontrados na web. Uma das mensagens a respeito do corrido já atingiu milhares de compartilhamentos em poucas horas. No texto, a autora pede aos responsáveis que “fiquem de olho nos conteúdos que os filhos pesquisam na internet”.

Nesta segunda-feira (6), a Record TV exibiu uma reportagem sobre o caso. Veja abaixo na íntegra.

Psicóloga faz alerta
Os primeiros casos noticiados pela imprensa envolvendo mortes ou acidentes causados pelo “desafio do desodorante” datam de 2014, muitos registrados no Ceará. À época, a psicóloga Fabiana Vasconcelos, do Instituto Dimi Cuida, localizado em Fortaleza, capital daquele estado, concedeu uma entrevista na qual explica que, dentre as sequelas decorrentes das brincadeiras, pode ocorrer a ausência de oxigênio no cérebro. Mesmo que o praticante do desafio não venha a falecer, ele pode ainda ter paralisia, cegueira, perda da cognição ou hemorragia dos olhos.

Fabiana aponta ainda que as crianças e adolescentes não têm noção do perigo. “Eles não sabem o que é o risco, o cérebro só resiste sem oxigênio por um minuto. Entre um e dois minutos já acontece danos neuronais que podem ocasionar sequelas”, avisa.

Conexão Repórter
Em 2017, o jornalista Roberto Cabrini abordou a questão dos desafios promovidos pela internet no jornalístico “Conexão Repórter”, exibido pelo SBT.

No documentário, Cabrini localizou youtubers que popularizaram alguns desses “jogos” e que passaram a ser imitados por milhares de crianças e adolescentes. Veja abaixo na íntegra.

Vídeos: Reprodução / Youtube

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