Morando tenta eleger esposa, Manente aposta em colega de Tiririca e PT segue na UTI

Nos últimos dias, o prefeito de São Bernardo do Campo participou ativamente da campanha de sua esposa na corrida por uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Após interromper o mandato de deputado estadual para assumir o Executivo são-bernardense, o tucano agora testará sua popularidade e capacidade de transferência de votos para Carla Morando.

Sem experiência legislativa, a empresária do ramo de chocolates finos aposta na força política do marido e em seu curto histórico a frente do Fundo do Social de Solidariedade da cidade para chamar a atenção do eleitor.

Não faltou esforço financeiro para alavancar o nome da candidata. Sozinha, Carla doou R$ 100 mil para a própria campanha, segundo TSE.

Já na tentativa de minar a candidatura de adversários políticos que buscam uma vaga na Câmara em Brasília, Orlando Morando lançou o vice Marcelo Lima (PSD) a deputado federal.

Colega do abestado
Lima concorre diretamente com Alex Manente (PPS), deputado que tenta a reeleição. Ambos promoveram dobradinhas com diferentes candidatos em cada cidade do ABC e possuem discursos semelhantes, prometendo mais recursos para a região.

Após um desentendimento com Julinho Fuzari, seu colega de partido em São Bernardo e postulante a estadual, Manente priorizou o apoio a Thiago Auricchio (PR), filho do atual prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB).

Auricchio pai é tucano, mas deu aval ao filho para que este se filiasse ao PR, mesmo partido do humorista Tiririca, e integrante da base de apoio a Geraldo Alckmin (PSDB) para presidente.

Até então, o jovem Auricchio atuava como assessor de Manente e agora faz uso da necessidade de renovação como um de seus principais argumentos para atrair eleitores.

PT respira por aparelhos
Entre as eleições majoritárias de 2014 e as municipais de 2016, o PT perdeu quase metade dos votos em todo o país.

Não é só a rejeição ao petismo e a tendência de queda que preocupam o partido. A “nota de corte” implementada pela atual legislação também pode trazer dificuldades.

No Estado de São Paulo, por exemplo, estima-se que cada candidato, seja para estadual ou federal, necessite de 30 mil votos (10% do coeficiente como manda a lei) para, ao menos, sonhar com uma vaga.

A recente pesquisa divulgada pelo instituto Sebram coloca Luiz Fernando Teixeira e Vicentinho como os principais nomes petistas do ABC na disputa para deputado estadual e federal, respectivamente (veja os dados aqui).

Morto o PT não está, mas pode ver reduzidas suas bancadas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.

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