A reforma tributária em discussão no Brasil está prestes a afetar a indústria automobilística do país. O motivo é que montadoras que se estabelecerem nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste poderão desfrutar de isenções fiscais até 2032.
Uma das partes mais polêmicas da reforma prevê benefícios para o Grupo Stellantis, que controla marcas como Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot, Abarath, Ram, entre outras, sendo a única das grandes montadoras que possui uma fábrica no Nordeste, especificamente em Goiana (PE).
Atualmente, o grupo está sob o Regime Automotivo do Nordeste, que permite o pagamento de apenas 2% de ICMS, em vez dos 12% que normalmente seriam cobrados. Além disso, a empresa também está isenta dos 11,6% de IPI.
Três montadoras que produzem veículos no Sul e Sudeste (GM, Toyota e Volkwagen) acreditam que o incentivo à Stellantis está se tornando “eterno”. E contavam como certo o fim dos incentivos fiscais em 2025.
O texto votado no Senado ainda prevê descontos tributários para veículos com motores flex, o que manterá a Stellantis como uma das beneficiárias dessas medidas.
Em sua defesa, a dona da Fiat argumenta que os custos de distribuição a partir do Nordeste são muito mais caros.
Com informações do portal Terra