Internautas entraram em contato com o SãoBernardo.INFO relatando que compraram ingressos para parques e cinemas por meio de agentes que fornecem os tíquetes, na maioria das vezes, por valores menores que os cobrados pelos próprios estabelecimentos.
O que parece ser um bom negócio esconde uma prática que não é reconhecida oficialmente pelas empresas e gera suspeitas pela forma como é conduzida.
Em geral, a entrega dos tíquetes é realizada, pessoalmente, em locais públicos como shoppings ou terminais de ônibus. O pagamento deve ser feito, obrigatoriamente, em dinheiro.
Tudo isso sem contar risco de adquirir bilhetes falsificados cujos valores não serão ressarcidos pelos estabelecimentos em caso de problemas.
Em um dos exemplos encontrados em grupos no Facebook, uma vendedora anuncia o passaporte para a Cidade da Criança, em São Bernardo do Campo, por R$ 35. No site do parque, o valor promocional praticado nesta semana é de R$ 40.
A mulher, de nome Bárbara, também oferece ingressos para locais como Magic City, Parque da Mônica, Playland e Cinemark, todos com desconto.
Procurada, a assessoria da Cidade da Criança preferiu não se manifestar oficialmente sobre o assunto. Por telefone, um representante da empresa mostrou-se surpreso ao saber da venda de passaportes fora dos canais oficiais e afirmou que “tomaria providências internamente”.
A assessoria do Cinemark informou que a empresa não possui agentes autorizados como os apresentados pela reportagem. Os caminhos oficiais utilizados pela Cinemark são: a ingresso.com, as bilheterias dos complexos da Cinemark ou através de promoções especiais com nossos parceiros como Peixe Urbano, Vivo, Bradesco e Mastercard Surpreenda.
Por meio de nota, o Parque da Mônica esclareceu que não reconhece a comercialização de ingressos fora de seus canais oficiais de venda e está averiguando a situação apresentada. A empresa também orienta seus clientes a comprarem os ingressos apenas nos canais oficiais de venda, como Bilheteria do Parque da Mônica, RHs ou Grêmios de empresas conveniadas e nas escolas, por meio de excursões escolares.
Magic City e Playland não responderam ao contato da reportagem até o momento.