Cotidiano Memória

O centenário de Ruth de Souza, um dos ícones da Vera Cruz

Neste dia 12 de maio, familiares, amigos e até o Google lembraram o centenário de nascimento da atriz brasileira Ruth de Souza, ícone do cinema e da TV nacional.

Ruth nasceu no Rio de Janeiro em 12 de maio de 1921. Até os 9 anos de idade viveu com a família em uma fazenda na pequena cidade mineira de Porto do Marinho.

Com a morte do pai, ela e a mãe voltam a morar no Rio, em uma vila de lavadeiras cravada no bairro de Copacabana. Ainda criança, interessou-se por teatro ao assistir a recitais no Teatro Municipal.

Ao conhecer o grupo de atores liderados por Abdias do Nascimento, no Teatro Experimental do Negro, entregou-se de vez aos palcos e fez sua estreia em “O imperador Jones”, de Eugene O’Neill, em 8 de maio de 1945.

Por indicação de Paschoal Carlos Magno, recebeu bolsa de estudo da Fundação Rockefeller e passou um ano nos Estados Unidos: na Universidade Harvard, em Washington, e na Academia Nacional do Teatro Americano, em Nova York.

Em 1948, indicada pelo escritor Jorge Amado, estreou no cinema em “Terra violenta”, adaptação do romance “Terras do sem fim”. A partir daí, sua carreira de atriz decolou e prosseguiu focada no cinema.

Ruth participou de diversas produções da Atlântida, Maristela Filmes e Vera Cruz. Nesta última, acabou contratada para o elenco fixo, atuando em Ângela (1951), Terra é Sempre Terra (1952) e Sinhá Moça (1953).

Por seu desempenho em Sinhá Moça, torna-se a primeira atriz brasileira indicada para o Leão de Ouro, no Festival de Veneza de 1954, em que disputou com estrelas como Katherine Hepburn e Lili Palmer, para quem perdeu por dois pontos.

Em 1969, depois de também atuar em radionovelas e nos teleteatros da Tupi e da Record, passou a integrar o elenco da TV Globo, tornando-se a primeira atriz negra a protagonizar uma novela: A Cabana do Pai Tomás.

Após sete décadas de uma vida dedicada à arte, Ruth morreu em julho de 2019, aos 98 anos, vítima de uma pneumonia.

Com informações da FUNARTE e G1

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