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Jovem morre baleado por GCM após sair da faculdade em São Bernardo

Um jovem de 19 anos morreu baleado por um Guarda Civil Metropolitano momentos após sair do Senac de São Bernardo na noite de terça-feira (27).

O agente alegou que atirou porque achou que ia ser assaltado, mas foi preso em flagrante por homicídio após versões diferentes do caso serem dadas à polícia pelos familiares da vítima e guardas civis que atenderam a ocorrência.

A Prefeitura de São Bernardo do Campo afirmou que o GCM estava de folga e que abriu um processo administrativo para ajudar a esclarecer os fatos. Segundo a administração municipal, o agente começou a trabalhar na guarda em 2013.

De acordo com o boletim, a mãe da vítima relatou que o filho, Lucas Costa Souza, cursava administração de empresas havia três meses no Senac e que o pai dele sempre o buscava à noite com o carro da família, que é vermelho e tem vidros escuros.

Na última terça, ela avisou Lucas que havia acabado a gasolina do carro no meio do trajeto e que era para o filho ir para o ponto de ônibus.

Momentos depois, o rapaz abriu a porta do passageiro de outro carro conduzido pelo guarda civil Marcelo Antônio de Oliveira Júnior. O veículo do agente também é vermelho e tem vidros escuros.

Marcelo, então, atirou contra o rapaz achando que seria assaltado. Lucas chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

A mãe de Lucas acredita que o filho confundiu o carro do guarda civil com o do pai por também ser vermelho, e ressaltou que ele tinha o costuma de chegar abrindo a porta sem certificar quem estava no carro.

Alegou também que o filho era tímido, nunca tinha pegado ônibus sozinho e que não assaltaria alguém.

Já o guarda civil alegou à polícia, segundo boletim de ocorrência, que voltava do hospital e seguia pela Avenida Senador Vergueiro, quando parou no semáforo e notou a presença de um rapaz vindo na direção contrária.

Depois, esse rapaz abriu a porta onde sua mãe estava sentada e teria falado “vai”, fazendo menção de estar armado. Com isso, sacou sua arma de fogo e efetuou dois disparos contra o jovem.

Ainda segundo o registro, o agente relatou ainda que o rapaz correu e que ele conseguiu detê-lo próximo ao ponto de ônibus. Notou também quando o jovem jogou algo no gramado, onde voltou ao local e encontrou um simulacro de arma de fogo.

Ele afirmou ainda que recolheu o simulacro porque acreditou que poderia ter algum comparsa na área e entregou a réplica para um guarda civil que foi acionado para o atendimento da ocorrência.

Contudo, as versões apresentadas pelo agente que recebeu o simulacro e outro guarda civil que estava na ocorrência contradizem a versão apresentada por Marcelo. Ainda conforme o boletim, Marcelo disse, informalmente, que daria uma outra versão excluindo o simulacro da cena do crime.

Diante das versões conflitantes, o agente foi preso em flagrante para o caso ser investigado. A arma dele e o simulacro foram apreendidos.

Fonte: G1

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