Os trabalhadores da Basf suspenderam a greve iniciada no dia 20 e retornaram ao trabalho na última terça-feira (25). A decisão ocorreu após aceitarem a cláusula de paz proposta durante uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) na segunda-feira (24). A paralisação está suspensa até o fim das negociações.
Os funcionários contestam o encerramento da fabricação de tintas automotivas na unidade de São Bernardo e exigem um pacote de compensações.
A audiência contou com a participação de representantes do Sindicato dos Químicos do ABC e da Basf, sendo conduzida pela juíza Soraya Galassi Lambert. Ficou marcada uma nova audiência para o dia 3 de julho. Até lá, a greve permanece suspensa, mas pode ser retomada se as negociações não avançarem.
O sindicato apresentou uma contraproposta que inclui a manutenção dos empregos, estabilidade até junho de 2029, um pacote econômico de 25 salários mais oito salários por ano trabalhado, 24 meses de convênio médico e o pagamento do adicional de periculosidade para o setor de tintas imobiliárias.
A Basf propôs o remanejamento de 60 trabalhadores para o setor de tintas imobiliárias. No entanto, mais de 80 funcionários estão envolvidos na disputa pela manutenção de seus empregos. A empresa tem até o dia 1º de julho para avaliar a proposta e dar uma resposta.
Uma assembleia geral está convocada para sexta-feira (28), às 14h, com todos os setores e turnos, para discutir o resultado da audiência e os próximos passos.
Em nota, a Basf confirmou a retomada das atividades após a audiência no TRT e reforçou seu compromisso com o diálogo, visando minimizar o impacto sobre colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes.
Com informações do Diário do Grande ABC