A Prefeitura de São Bernardo do Campo entregou para a família do aposentado Ronaldo Trivilin a primeira dose do medicamento Axitinib Inlyta vinte dias após a decisão judicial que obrigava a administração municipal a bancar o tratamento de quase R$ 22 mil mensais.
O caso ganhou ampla repercussão (leia aqui) após os advogados Isabel Cristina Rotta e Sebastião Siqueira Santos Filho, responsáveis pela abertura do processo, pedirem o pagamento de multa e a prisão do prefeito Orlando Morando devido ao não cumprimento da determinação imposta pelo juiz José Carlos de França Carvalho Neto, da 1ª Vara da Fazenda,
A Prefeitura chegou a emitir uma nota oficial a respeito do caso indicando os motivos pelos quais se via impedida de atender à demanda judicial (leia a nota na íntegra).
Nesta quinta, o mesmo juiz chegou a ordenar o pagamento de um salário mínimo para cada dia de atraso na compra do medicamento e determinou o encaminhamento do caso para o Ministério Público para que este constatasse a infração penal, o que poderia efetivar o pedido de prisão do chefe do Executivo.
Diante da pressão, a Prefeitura optou por cumprir a decisão judicial estabelecida no dia 12 de maio e, no meio da tarde de hoje, a família de Ronaldo recebeu a notícia de que o remédio seria disponibilizado. Por volta das 17h, o medicamento já estava em poder da advogada do aposentado.
Ronaldo Trivilin, 62 anos, tem câncer renal metastático e necessita de internações regulares para controlar as dores. A doença já avançou para os ossos e o fígado e, segundo os médicos, seu estado atual exige o uso do remédio de alto custo que pode lhe trazer benefícios como a interrupção do progresso da doença e a diminuição do tamanho dos tumores.
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